quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Há vida em marte?



Fiquei muito triste por causa da última vez em que li O Pequeno Príncipe.

Aquele garoto tão ingênuo e com tanta facilidade pra deixar sua casa poderia ter conhecido outros lugares,mas não aqui, a nossa suja terra.
Ele é muito triste. Cheio de dúvidas também. Penso no que ele estava pensando quando conheceu o bêbado. Alí ele aprendeu o que era um "Círculo vicioso", e quando conheceu o Rei? Aquilo é o exemplo perfeito dos governantes , podemos dizer, de qualquer lugar aqui na terra.
Esses dias atrás, estava eu em uma fila de um banco e uma senhora de elevada idade perguntou-me onde era o final da fila e respondi-lhe que ela não precisaria enfrentar, pois seria atendida sem delongas e perturbações. A lei garante isso a ela. Um senhor muito irado cortou minha fala ao meio e disse "o final é alí"! Já retruquei instantaneamente que ela não precisaria ir ao final da fila e que se todos pensassem como aquele homem estaríamos em algum tempo nos pendurando em árvores novamente.
"Nós iremos nos pendurar em árvores novamente"! Foi o que pensei quando ouvi uma reportagem sobre uma lei que proibirá os alunos paulistas de usarem celulares em sala de aula. Imagine você, que quando eu, Ramon, chegasse a ver um aluno com um telefone. Logo chamaria a polícia, pois somente ela tem o poder de aplicar a lei, e "resolveria" todo o problema.
Poderei atuar em filme de Stanley Kubrick, jogando um osso para o alto ao som de Strauss.
Ao pequeno Príncipe: - Espero encontrar-te, quando regredirmos e todo o mundo viver em sua selvageria sem que ninguém escreva nada sobre o assunto.